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“Silveira tranquiliza: Tensão no Oriente Médio não afetará preços dos combustíveis”

Ministro de Minas e Energia acredita que tensão no Oriente Médio não impactará preço dos combustíveis no Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a crise no Oriente Médio não terá efeito sobre os preços dos combustíveis no Brasil. Com a possível escalada de um conflito entre Israel e Irã, o dólar tem se valorizado e há expectativa de aumento no preço do petróleo. No entanto, a cotação do barril continua estável.

Durante sua participação no Gas Week, evento do setor de gás natural realizado em Brasília, o ministro disse que acredita que as coisas vão se resolver e que não haverá aumento nos preços dos combustíveis devido à crise. Porém, ele evitou descartar completamente essa possibilidade, ressaltando que o governo respeita a governança da Petrobras e que é preciso encontrar um equilíbrio entre garantir o suprimento e ter os melhores preços.

Para monitorar a situação, o ministério criou um grupo de trabalho, que tem se dedicado intensamente a acompanhar a oscilação do preço do Brent, principal referência para a cotação do petróleo no mercado internacional. Silveira reforçou que o governo continuará trabalhando para manter os preços dos combustíveis competitivos no país.

Apesar do petróleo seguir estável, o dólar tem subido devido à busca de investidores por uma moeda mais estável em meio à tensão global e preocupações com o cenário fiscal do Brasil. Na terça-feira (16.abr), a moeda norte-americana atingiu o maior valor desde março de 2023, fechando em R$ 5,27.

A crise no Oriente Médio tem elevado a defasagem nos preços dos combustíveis no Brasil em relação ao mercado internacional. Na quarta-feira (17.abr), a gasolina da Petrobras alcançou uma defasagem recorde de 24%, enquanto o diesel apresentou diferença de 13%. Esses dados são da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).

Mesmo sem reajustes desde dezembro de 2023, a valorização do petróleo, que já subiu 20% neste ano, pressiona por um aumento nos preços dos combustíveis. Caso haja uma disparada no preço do barril e o dólar continue a subir, é inevitável que haja um repasse aos preços internos.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, tem enfrentado uma situação delicada, sendo alvo de críticas e pressão para ser demitido. No entanto, aparentemente, os ânimos se acalmaram. Um possível reajuste nos preços dos combustíveis pode colocá-lo em uma situação ainda mais delicada, tanto do ponto de vista político quanto econômico. Isso porque, apesar da Petrobras ter abandonado o PPI como política de precificação, os preços ainda são influenciados pela cotação do petróleo e do câmbio, já que parte do diesel e da gasolina consumidos no Brasil é importada.

O último reajuste nos preços dos combustíveis da Petrobras ocorreu em dezembro de 2023, quando houve uma redução de R$ 0,30 no preço do diesel e de R$ 0,12 na gasolina. Desde então, não houve mais nenhuma mudança nos valores. Com a possibilidade de aumento no preço do petróleo e do dólar, é provável que a estatal precise fazer um reajuste nos preços para evitar prejuízos.

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