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“Ganho de R$ 2,98 bilhões: O sucesso dos planos de saúde em 2023”

Lucro do setor de saúde suplementar em 2023 é o maior desde o início da pandemia

O setor de saúde suplementar registrou um lucro líquido de R$ 2,98 bilhões em 2023, de acordo com dados divulgados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) nesta quinta-feira (18/04). Esse resultado representa uma recuperação significativa em relação ao ano anterior, quando o lucro líquido foi de apenas R$ 606 milhões.

A saúde suplementar inclui operadoras de planos de saúde médico-hospitalares, planos odontológicos e administradoras de benefícios. Segundo a ANS, esse desempenho é o mais positivo desde o início da pandemia. Os resultados líquidos por segmento foram os seguintes:

– Planos médico-hospitalares, que são os principais do setor, registraram um lucro de R$ 1,93 bilhões;

– Administradoras de benefícios tiveram um lucro de R$ 406,4 milhões;

– Operadoras exclusivamente odontológicas tiveram um lucro de R$ 652,8 milhões.

No entanto, as operadoras médico-hospitalares ainda fecharam o ano com um resultado operacional negativo de R$ 5,9 bilhões. Esse prejuízo foi compensado pelo resultado financeiro recorde de R$ 11,2 bilhões.

O diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Jorge Aquino, ressaltou que a recuperação do setor está acontecendo e que os resultados são melhores do que o projetado. Ele também destacou a importância de uma revisão do modelo de gestão e atendimento das operadoras para que elas possam entregar melhores serviços com melhor aproveitamento de recursos.

A sinistralidade, que é o principal indicador que explica o desempenho das operadoras médico-hospitalares, registrou um valor de 87,0% em 2023, o que representa uma redução de 2,2 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Esse número indica que aproximadamente 87% das receitas das mensalidades são utilizadas para cobrir as despesas assistenciais.

Segundo a ANS, essa redução da sinistralidade é resultado da recomposição das mensalidades dos planos, em especial das grandes operadoras, em comparação com o aumento das despesas. Além disso, é observada uma tendência de maior crescimento das mensalidades médias em relação à despesa assistencial por beneficiário, o que sugere que o setor está passando por um período de reorganização de seus contratos para recuperar os resultados na operação.

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