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“Descomplicando a tensão no Oriente Médio: especialista tranquiliza sobre impacto nos combustíveis”

Ministro acredita que tensão no Oriente Médio não afetará preços dos combustíveis no Brasil

Na quinta-feira (18 de abril de 2024), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou sua confiança de que a tensão no Oriente Médio não terá impacto nos preços dos combustíveis no Brasil. Com a possibilidade de conflito entre Israel e Irã, o dólar tem se valorizado e há receio de aumento no preço do petróleo. No entanto, até o momento, o valor do barril se mantém estável.

Durante sua participação no evento Gas Week, em Brasília, o ministro afirmou aos jornalistas que acredita que a crise não resultará em aumento dos preços. No entanto, ele não descartou a possibilidade completamente, respeitando a governança da Petrobras e entendendo a importância de equilibrar o suprimento e os preços dos combustíveis. O ministério criou um grupo de trabalho para monitorar a situação e garantir preços competitivos no Brasil.

Apesar do petróleo se manter estável, o dólar tem subido devido à busca dos investidores por uma moeda mais estável em meio à tensão global e preocupações com o cenário fiscal do Brasil. Na terça-feira (16 de abril), o dólar encerrou em R$ 5,27, o maior valor desde março de 2023.

A crise tem causado um aumento na defasagem do preço da gasolina e do óleo diesel da Petrobras em relação ao mercado internacional. Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), a diferença chegou a 24% e 13%, respectivamente. Mesmo com a defasagem, a petroleira ainda não realizou nenhum reajuste em 2024. No entanto, a valorização do petróleo e a alta do dólar podem pressionar um aumento nos preços.

O mercado acredita que a Petrobras tenha tentado segurar os reajustes em 2024, mesmo com a defasagem, devido à delicada situação do presidente Jean Paul Prates. O clima de animosidade entre ele e integrantes do governo se acalmou recentemente, mas um possível aumento nos preços pode complicar ainda mais sua situação política e econômica.

Embora a Petrobras tenha abandonado o Preço de Paridade de Importação (PPI) como política de precificação, a cotação do petróleo e o câmbio ainda têm influência sobre os preços dos combustíveis, já que parte do diesel e da gasolina consumidos no Brasil é importada. O último reajuste realizado pela petroleira foi há mais de 3 meses, em dezembro de 2023, quando houve uma redução de R$ 0,30 no preço do diesel e de R$ 0,12 na gasolina.

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