Marcada para o final deste ano, a Cúpula Anual do BRICS promete ser memorável, provavelmente acontecendo durante a segunda metade do verão, como no ano passado. O encontro reunirá os países membros do bloco, interessados e representantes do Novo Banco de Desenvolvimento para discutir iniciativas focadas principalmente na expansão e na redução da dependência do dólar americano.
Uma questão importante paira no ar: os países europeus participarão da cúpula do BRICS deste ano?
Com o bloco atraindo mais atenção globalmente, tem despertado interesse, especialmente entre os países europeus. Isso levanta a curiosidade sobre se alguma dessas nações irá até a Rússia para participar das discussões da cúpula.
Em uma tentativa de ampliar sua influência, o BRICS tem sido ativo no último ano em integrar novos membros, tendo recebido vários no início de 2024. O bloco planeja estender convites formais a mais países ainda este ano, com o objetivo de aumentar sua presença global.
É importante destacar que o BRICS fez uma jogada estratégica em direção à Europa ao convidar a Sérvia, marcando sua primeira aproximação em direção à integração europeia.
Essa informação surgiu em 29 de março, quando foi divulgado que a Sérvia havia recebido um convite para a próxima cúpula na Rússia. Dado o atual status de não membro da Sérvia na União Europeia, alinhar-se ao BRICS pode representar uma mudança substancial.
Essa parceria pode alterar consideravelmente o cenário geopolítico europeu e ser vantajosa tanto para a Sérvia quanto para o BRICS, especialmente à medida que a aliança busca diminuir a dominação econômica ocidental e criar uma nova ordem econômica global.
No entanto, é improvável que outras nações europeias ocidentais recebam convites para a cúpula ou se juntem ao BRICS. Conflitos em andamento, como o envolvimento da Rússia na Ucrânia, provavelmente esfriaram o interesse entre os países do leste europeu em se aliar a um bloco que inclui a Rússia.
Em outra parte do mundo, os Emirados Árabes Unidos (EAU) foram reconhecidos como um dos três melhores países para negócios globais em 2024, ficando atrás apenas da Hungria e da Holanda. Essa classificação reflete uma avaliação de mais de 56 países, destacando o papel significativo dos EAU como um centro de atividades econômicas e startups.
Esse reconhecimento é um testemunho da economia próspera dos EAU, que tem atraído investimentos substanciais, incluindo um investimento de US$ 1,5 bilhão da Microsoft na empresa de IA com sede nos EAU, G42.
A adição de novos membros tem sido um elemento crucial na estratégia do BRICS para expandir suas interações econômicas e sua influência. Esses países têm demonstrado sua força econômica desde então, fortalecendo ainda mais o quadro do BRICS e aumentando sua eficácia nas políticas econômicas globais.
Enquanto isso, a Colômbia expressou grande interesse em se juntar ao BRICS. Em uma conversa com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente colombiano Gustavo Petro afirmou o desejo de seu país de se tornar um membro pleno o mais rápido possível. O presidente Lula da Silva mostrou apoio a essa decisão, refletindo uma crescente aceitação e um potencial futuro de expansão da membresia do BRICS.
Atualmente, o BRICS é composto por dez países, tendo expandido dos cinco originais – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, que se juntaram em 2011. A expansão viu a adição do Egito, Irã, EAU, Arábia Saudita e Etiópia, após a Argentina decidir não se juntar.