O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), admitiu que as críticas internas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) causam ruídos desnecessários e prejudicam o andamento dos projetos no Congresso Nacional.
Desde que assumiu o cargo, Haddad tem sido alvo de críticas de lideranças petistas insatisfeitas com a austeridade fiscal do governo. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é a principal voz contra a política econômica do governo, enquanto o ex-deputado José Dirceu, que já foi presidente do partido, apoia o ministro.
Em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, Haddad reconheceu que as críticas em bastidores atrapalham o andamento dos projetos. No entanto, ele não vê problema quando as divergências são expostas publicamente, pois considera saudável o debate dentro do partido.
O ministro também defendeu a renovação do PT e da esquerda brasileira, afirmando que é importante promover novas lideranças políticas para o “pós-Lula”. Ele ressaltou que é preciso dar oportunidades para que novas pessoas possam colaborar e que o campo político está precisando de novidades.
Ao ser questionado sobre a força do bolsonarismo, Haddad afirmou que, em um quadro de polarização como o atual, ninguém é imbatível, nem mesmo Lula. Ele destacou que uma nova força se organizou no país, com um viés mais extremista e que trabalha com pautas que causam medo nas pessoas. Ele concluiu dizendo que é importante a esquerda se renovar e apresentar propostas que emocionem as pessoas.