O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou neste domingo (14) a reocupação de uma fazenda da Embrapa em Petrolina, no interior de Pernambuco. A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária, conhecida como abril vermelho, que acontece todos os anos em homenagem aos mortos no massacre de Eldorado dos Carajás.
Além da fazenda da Embrapa, outras duas propriedades foram ocupadas pelo MST no estado, uma da Codevasf e outra da falida usina Maravilha, que está em processo de desapropriação. As terras da Embrapa já haviam sido invadidas duas vezes no ano passado, o que gerou atritos com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, as lideranças do Movimento alegam que o governo federal não cumpriu com a promessa de assentar as mais de 1,3 mil famílias acampadas na região.
A decisão de reocupar as terras da Embrapa foi tomada como forma de pressionar o governo a cumprir com suas promessas de reforma agrária. O MST reivindica o assentamento das famílias acampadas e a distribuição de terras para a produção de alimentos. A luta pela terra é uma das principais bandeiras do movimento, que busca promover a justiça social e a igualdade no campo.
A Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária é uma importante estratégia do MST para chamar a atenção da sociedade para a questão da reforma agrária no país. Durante todo o mês de abril, diversas ações são realizadas em todo o país, como ocupações de terras, marchas e protestos, com o objetivo de denunciar a situação dos trabalhadores rurais e exigir a implementação de políticas públicas que promovam a distribuição de terras e a melhoria das condições de vida no campo.
A reocupação da fazenda da Embrapa em Pernambuco reforça a luta do MST por uma reforma agrária justa e necessária para garantir o direito à terra e à produção de alimentos saudáveis para o povo brasileiro. É preciso que o governo federal cumpra com suas promessas e tome medidas efetivas para resolver o problema da concentração de terras e promover a inclusão dos trabalhadores rurais na economia do país.