O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), anunciou hoje que o governo federal decidiu adiar a meta de zerar o déficit primário para o ano de 2025. A declaração foi feita antes da divulgação oficial dos dados do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para o próximo ano.
Em entrevista ao programa Estúdio i, da GloboNews, Haddad pediu desculpas por ter antecipado a informação, mas justificou que ela já havia sido vazada e estava sendo divulgada por alguns veículos de comunicação.
Segundo o ministro, o governo tem duas regras principais a seguir na gestão das contas públicas: o limite de despesas, que cresce anualmente a uma proporção de 70% da evolução das receitas do ano anterior, e a meta de resultado primário, que agora conta com uma banda de tolerância de 0,25 ponto percentual para cima ou para baixo em relação ao PIB.
Para 2024, a previsão é de um déficit de 0,25% do PIB, enquanto em 2025 a meta será zerar o déficit. Em 2026, o objetivo é alcançar um superávit de 0,25%, seguido de 0,5% em 2027 e 1% em 2028. Haddad também anunciou que o salário mínimo deve chegar a R$ 1.502 em 2025.
O ministro explicou que a situação das contas públicas é preocupante e tem impacto direto no crescimento do país. Ele citou a decisão do STF, em 2017, que dificultou a situação do governo ao retirar quase 1% do fluxo financeiro da União.
Apesar dos desafios, Haddad garantiu que o Ministério da Fazenda está empenhado em colocar ordem nas contas públicas e buscar soluções para a situação. Com criatividade e inovação, o governo espera dar um novo fôlego à economia brasileira.