Reformulação da Publicidade
O deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE), autor da lei que criou o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), voltou a criticar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), por tentar revogar o projeto. O Perse foi criado com o objetivo de socorrer os setores de turismo e eventos, que foram fortemente afetados pelos efeitos econômicos da pandemia de Covid-19.
Durante um evento promovido pela Esfera Brasil, grupo que reúne empresários de diversos setores da economia brasileira, em São Paulo (SP), nesta segunda-feira (22), Carreras participou do painel “Eleições: Unindo Ideias, Moldando Futuros”. Ele dividiu a bancada com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT), o atual secretário municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Aldo Rebelo (MDB), e o ex-presidente nacional do PSOL Juliano Medeiros.
O deputado relembrou que o Perse nasceu a partir de ideias das associações que compõem o trade turístico e de eventos e foi aprovado pelo Congresso Nacional, mas teve a desoneração fiscal vetada pelo presidente Jair Bolsonaro. No entanto, o veto foi derrubado pelo Congresso em março de 2021, proporcionando, pela primeira vez na história, um incentivo para esses setores.
Carreras também destacou que, no ano passado, durante o governo do presidente Lula, o projeto foi testado mais uma vez no Congresso Nacional e, por coerência política, foi aprovada a prorrogação do Perse. No entanto, o ministro Haddad revogou o programa no dia 30 de dezembro, sem consultar o presidente da Embratur, o ministro do Turismo e a ministra da Cultura.
O deputado ressaltou que, mesmo sendo da base do presidente Lula, não pode deixar de discordar e criticar. Ele comparou a situação com um possível corte de benefícios do setor do agronegócio sem consultar o ministro da Agricultura. Para Carreras, a decisão do ministro Haddad foi um grande erro.