Após o ataque do Irã contra Israel no final de semana, o Bitcoin (BTC) teve uma forte queda, mas conseguiu se recuperar e opera em alta nesta segunda-feira (15). O impulso veio principalmente da liberação de ETFs (fundos de índice) à vista de criptomoedas em Hong Kong e do evento de halving.
A SFC (Securities and Futures Commission), equivalente à Comissão de Valores Mobiliários de Hong Kong, deu o sinal verde para três gestoras lançarem fundos negociados em bolsa com exposição direta tanto ao BTC como ao Ethereum (ETH).
A Bosera Asset Management disse em comunicado: “A introdução dos ETFs à vista de ativos virtuais não só proporciona aos investidores novas oportunidades de alocação de ativos, mas também reforça o estatuto de Hong Kong como um centro financeiro internacional.” As outras duas empresas autorizadas foram a China Asset Management e a Harvest Global Investments.
Hong Kong está competindo com Cingapura e Dubai para se tornar um centro de criptomoedas, pois implementou um regime regulatório específico para o setor a ser aplicado em 2023. As autoridades querem restaurar a reputação do local como um centro financeiro moderno.
Após a liberação do produto financeiro, o BTC subiu mais de 3,5% nas últimas 24 horas, sendo negociado a US$ 66.611 por volta das 8h desta segunda. Apesar da recuperação, a maior criptomoeda do mercado acumula perdas de 7,70% em sete dias.
O Ether e outras altcoins também operam em alta, com destaque para a Core (CORE), que avança quase 40%. Somente dois tokens menores têm alta nesta manhã.
Os ETFs à vista de criptomoedas ganharam destaque após a SEC (Securities and Exchange Commission), equivalente à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, aprovar os primeiros fundos de índice à vista de Bitcoin do país na segunda semana de janeiro.
Desde então, as carteiras das gestoras atraíram um fluxo líquido de US$ 12,5 bilhões, segundo dados da Bloomberg. O aumento na demanda ajudou a levar o maior ativo digital a um recorde de US$ 73.798 em meados de março, seu maior valor histórico.
Diversas empresas norte-americanas também enviaram pedidos para a criação de ETFs com exposição em Ether nos EUA. No entanto, especialistas acreditam que as chances de o regulador dar aval para o produto são de apenas 25% até maio, quando vence o prazo para a SEC decidir sobre o primeiro pedido.
Halving Além dos ETFs, outro evento que vai impactar o mercado de criptomoedas nesta semana é o halving, atualização técnica programada para o dia 19 de abril que reduzirá pela metade a emissão de novas unidades de BTC.
Nos últimos três eventos, o halving provou ser positivo para os preços dos ativos digitais no longo prazo, rendendo ganhos de mais de três dígitos para o BTC no ano seguinte. No entanto, os analistas têm dúvidas sobre o impacto no curto prazo.
A casa de análise 10x Research disse em relatório no final de semana: “Contrariamente à crença popular, assumimos uma postura cautelosa no pós-halving, destacando a falta de evidências históricas que apoiem o otimismo imediato. Os mineradores de Bitcoin poderiam vender US$ 5 bilhões em estoques de BTC após o halving, o que poderia afetar adversamente as altcoins.”
Confira o desempenho das principais criptomoedas às 8h:
Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas Bitcoin (BTC) US$ 66.611 +3,50% Ethereum (ETH) US$ 3.257 +6,90% BNB Chain (BNB) US$ 583 +4,30% Solana (SOL) US$ 154 +7,70% XRP (XRP) US$ 0,5161 +5,20%
Fonte: CoinGecko
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas Core (CORE) US$ 1,94 +39,00% NEO (NEO) US$ 22,50 +31,10% Zebec Protocol (ZBC) US$ 0,02744 +21,10% Beam (BEAM) US$ 0,03021 +19,00% Render (RNDR) US$ 9,27 +18,10%
Fonte: CoinGecko
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas Celestia (TIA) US$ 10,23 -7,10% LEO Token (LEO) US$ 5,87 -0,70%
Fonte: CoinGecko
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
ETF Preço Variação Hashdex NCI (HASH11) R$ 51,60 -5,14% Hashdex BTCN (BITH11) R$ 80,08 -3,55% Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 48,65 -7,96% Hashdex DeFi (DEFI11) R$ 31,03 -12,09% Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311) R$ 33,86 -9,48% Hasdex Crypto Metaverse (META11) R$ 54,60 -1,81% QR Bitcoin (QBTC11) R$ 21,52 -3,06% QR Ether (QETH11) R$ 11,95 -6,27% QR DeFi (QDFI11) R$ 4,38 -12,22% Cripto20 EMPCI (CRPT11) R$ 14,40 -2,63% Investo NFTSCI (NFTS11) R$ 10,62 -19,54% Investo BLOKCI (BLOK11) R$ 182,83 -14,64%
Fonte: B3
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O que é o halving do Bitcoin?
O halving é um evento que ocorre a cada 210 mil blocos minerados do Bitcoin, o que acontece a cada quatro anos. Ele reduz pela metade o número de novas moedas emitidas a cada bloco minerado, diminuindo a oferta de novos ativos e, consequentemente, impactando no preço.
O halving é uma medida implementada pelos criadores do Bitcoin para controlar a inflação da criptomoeda, garantindo que o seu valor não seja diluído com o passar do tempo. É também um mecanismo que visa desacelerar o processo de mineração, já que a cada halving, a recompensa dos mineradores é reduzida pela metade.
Quando acontece o próximo halving do Bitcoin?
O próximo halving do Bitcoin está previsto para ocorrer no bloco 840 mil, por volta do dia 16 de abril de 2024. A previsão de data é baseada na média de tempo entre a mineração dos últimos 210 mil blocos e pode sofrer alterações de acordo com a velocidade de mineração da rede.
Como o halving do Bitcoin impacta no preço da criptomoeda?
O halving tem um impacto direto na oferta da criptomoeda, já que a cada quatro anos a quantidade de novas moedas emitidas é reduzida pela metade. Isso significa que, a partir do halving, o ritmo de crescimento da oferta de Bitcoin diminui, o que pode levar a um aumento da demanda, já que a criptomoeda se torna mais escassa.
Com a redução da oferta de novas moedas, há uma chance maior de que o preço do Bitcoin suba, já que ele se torna mais raro e valioso. No entanto, é importante lembrar que o preço do Bitcoin é influenciado por diversos fatores, como a demanda, a confiança do mercado e a adoção da criptomoeda como meio de pagamento.
O que aconteceu nos últimos halvings do Bitcoin?
O primeiro halving do Bitcoin ocorreu em 2012, quando a recompensa dos mineradores foi reduzida de 50 para 25 BTC por bloco minerado. Nesse período, o preço do Bitcoin subiu de US$ 11 para US$ 12, mas retornou ao valor anterior em seguida.
O segundo halving foi em 2016, quando a recompensa foi reduzida de 25 para 12,5 BTC. Nesse período, o preço do Bitcoin subiu de US$ 576 para US$ 650, mas também retornou ao valor anterior em seguida. No entanto, em 2017, o preço do Bitcoin disparou, chegando a ultrapassar US$ 20 mil.
O terceiro halving ocorreu em 2020, quando a recompensa foi reduzida de 12,5 para 6,25 BTC. Neste caso, o preço do Bitcoin estava em torno de US$ 9 mil antes do halving e chegou a US$ 65 mil após o evento.
Halving do Bitcoin e o mercado de criptomoedas
O halving do Bitcoin é um evento que impacta todo o mercado de criptomoedas, já que o BTC é a principal criptomoeda do mundo. Como o preço do Bitcoin tende a influenciar os preços das demais criptomoedas, é esperado que o halving também afete o mercado como um todo.
No entanto, é importante lembrar que o halving não é um evento isolado e que o preço do Bitcoin também é influenciado por diversos outros fatores, como a confiança do mercado, a adoção da criptomoeda como meio de pagamento, a oferta e a demanda.
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Reescrever este texto: Após o ataque do Irã contra Israel no final de semana, o Bitcoin (BTC) teve uma forte queda, mas conseguiu se recuperar e opera em alta nesta segunda-feira (15). O impulso veio principalmente da liberação de ETFs (fundos de índice) à vista de criptomoedas em Hong Kong e do evento de halving.
A SFC (Securities and Futures Commission), equivalente à Comissão de Valores Mobiliários de Hong Kong, deu o sinal verde para três gestoras lançarem fundos negociados em bolsa com exposição direta tanto ao BTC como ao Ethereum (ETH).
A Bosera Asset Management disse em comunicado: “A introdução dos ETFs à vista de ativos virtuais não só proporciona aos investidores novas oportunidades de alocação de ativos, mas também reforça o estatuto de Hong Kong como um centro financeiro internacional.” As outras duas empresas autorizadas foram a China Asset Management e a Harvest Global Investments.
Hong Kong está competindo com Cingapura e Dubai para se tornar um centro de criptomoedas, pois implementou um regime regulatório específ