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“A batalha da economia americana: Inflação persistente e taxas de juros elevadas, mas há esperança”

As últimas duas semanas trouxeram notícias econômicas decepcionantes, deixando até mesmo os observadores mais experientes desanimados. Nos Estados Unidos, a taxa de desemprego caiu, mas a inflação aumentou, e o mercado de ações teve fortes oscilações.

No entanto, ao olharmos para a situação de uma forma mais ampla, a imagem se torna mais clara. Comparando com as perspectivas de dezembro de 2023, quando a economia parecia caminhar para um “pouso suave” delicado, as notícias recentes são decepcionantes. A inflação se mostrou mais resistente do que o esperado e as taxas de juros devem permanecer elevadas pelo menos até o próximo ano.

Porém, se compararmos com o início do ano passado, a história é outra. Na época, os analistas previam uma recessão devido aos esforços do Fed para controlar a inflação. Mas, mesmo com os recentes contratempos, a inflação diminuiu significativamente e o restante da economia ainda não sofreu grandes danos.

Embora os indicadores mensais sejam importantes para os investidores, que podem ser afetados por pequenas variações nas taxas de juros, a maioria da população se preocupa com um prazo um pouco mais longo. E, nesse sentido, a situação econômica mudou de forma sutil, mas importante.

A inflação continua alta, mas não está aumentando de forma generalizada. Em comparação com o pico de 9% em 2022, hoje ela está em torno de 3,5%, ainda que em alguns setores específicos os preços estejam subindo rapidamente. No entanto, em muitas outras áreas, a inflação está diminuindo ou se mantendo estável.

Além disso, o resto da economia está indo bem. O mercado de trabalho tem superado as expectativas, com a criação de milhões de empregos nos últimos meses, e a taxa de desemprego está abaixo dos 4% há mais de dois anos. Os salários continuam a aumentar e os gastos dos consumidores têm ajudado a impulsionar o crescimento econômico global.

Com essa situação, seria esperado que o Fed adotasse uma política de taxas de juros elevadas. E é isso que tem acontecido, com os diretores do banco central sinalizando que os cortes nas taxas devem esperar até pelo menos o próximo ano. Isso afetou o mercado de ações, que teve uma recuperação mais fraca do que o esperado no início deste ano.

Por outro lado, quem toma empréstimos terá que esperar por alívio nas taxas. Os juros de hipotecas e empréstimos estão em níveis elevados, o que pode ser um problema para as pessoas de baixa renda, especialmente em meio à crise de acesso à habitação.

No entanto, apesar dos custos mais altos, a economia tem resistido bem. Não houve um aumento significativo nas falências e execuções hipotecárias, e o sistema financeiro se manteve estável. O principal temor é que a economia desacelere, mas os números da inflação continuem altos. Até o momento, isso não aconteceu, e a demanda continua forte, o que pode exigir que a política monetária permaneça restritiva por mais tempo.

Em resumo, a situação econômica dos Estados Unidos é confusa, com uma inflação teimosa, juros altos, mas o resto da economia seguindo bem. Resta esperar para ver como a situação evoluirá nos próximos meses.

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