O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou hoje que a taxação dos super-ricos e o aumento do imposto corporativo mínimo global trariam esperança para o mundo. Ele apresentou a proposta durante a 2ª reunião da Trilha Financeira do G20, em Washington D.C., nos Estados Unidos.
A ideia foi elaborada pelos economistas Gabriel Zucman e Esther Duflo e prevê o aumento da alíquota do imposto corporativo de 15% para 20%. Além disso, propõe a taxação de 2% sobre os bilionários. Haddad ressaltou que, combinadas, essas medidas poderiam gerar um fundo de US$ 500 bilhões.
Em entrevista coletiva, o ministro explicou que a proposta é que os recursos arrecadados sejam destinados a ações ambientais e ao combate à pobreza. Ele também reforçou a importância de uma taxação internacional, considerando a baixa alíquota prevista pela OCDE.
Ao lado do senador norte-americano Bernie Sanders, Haddad pediu o apoio da Casa Branca à proposta e destacou que os Estados Unidos, assim como a França e a Espanha, poderiam ser grandes aliados nessa mudança importante nas finanças globais.
Sanders se mostrou favorável à proposta e recebeu agradecimentos do ministro. Haddad ainda comentou que acredita que a Alemanha também irá apoiar a medida.