Ministro israelense ameaça resposta “desproporcional” ao ataque iraniano
O ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, afirmou que Tel Aviv dará uma resposta “desproporcional” ao Irã pelo ataque realizado no sábado (13.abr). Ele deu a declaração à Rádio do Exército israelense, segundo informações da CNN.
Segundo Smotrich, a reação israelense deve fazer os iranianos se arrependerem pelo “momento em que pensaram em disparar” sobre o território israelense. Para ele, a resposta de Israel irá moldar a posição do país no Oriente Médio.
“A resposta deveria abalar Teerã, para que todos lá percebam que não deveriam mexer conosco”, declarou o ministro das Finanças.
Entretanto, é importante ressaltar que Smotrich não integra o gabinete de guerra, responsável por definir as reações contra o Irã. Ainda assim, o ministro destacou que Israel deve manter os EUA como parceiro estratégico.
Ataque iraniano era esperado e Israel afirma ter interceptado 99% dos alvos
O ataque iraniano de 13 de abril de 2024 era esperado, já que o país havia prometido retaliar os israelenses pelo bombardeio que matou 8 pessoas na embaixada do Irã em Damasco (Síria), em 1º de abril, incluindo um general da Guarda Revolucionária. Apesar de Israel não ter assumido a responsabilidade, a comunidade internacional acredita que a ordem tenha vindo de Tel Aviv.
De acordo com as FDI (Forças de Defesa de Israel), cerca de 300 drones e mísseis foram lançados pelo Irã. Israel afirma que seus caças, aliados como EUA e Reino Unido, e o sistema de defesa Domo de Ferro interceptaram 99% dos alvos aéreos.
O ataque e seus reflexos
Diante da situação, Israel afirmou que responderá na hora certa, enquanto o Irã se defendeu, alegando ter agido em legítima defesa. O G7, grupo com 7 das maiores economias do planeta, condenou o ataque “sem precedentes” e reforçou seu compromisso com a segurança de Israel.
O Brasil, por sua vez, acompanha a situação com preocupação e não condenou a ação iraniana. O Itamaraty, por meio do ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), afirmou que o governo Lula condena qualquer ato de violência quando indagado por jornalistas. Essa postura desagradou o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, que se disse desapontado com a nota brasileira.
Entretanto, para o ex-ministro e diplomata de carreira Rubens Ricupero, o Itamaraty acertou no tom, já que não há motivos para o país “tomar uma posição de um lado ou de outro”.
Além disso, uma possível guerra entre Irã e Israel pode fazer o preço do petróleo subir e pressionar a Petrobras a aumentar os preços dos combustíveis. E para quem quer conferir imagens do ataque do Irã, existem vídeos disponíveis na internet.