A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou em pronunciamento nacional que houve uma tentativa de extermínio do povo yanomami em 2023. Segundo ela, o governo tomou medidas imediatas contra o garimpo ilegal na Terra Indígena e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá uma postura rígida contra o crime organizado.
No ano passado, presenciamos com horror a tentativa de genocídio do povo yanomami. O governo agiu rapidamente, realizando ações de emergência e instalando a casa de governo em Boa Vista. Este pronunciamento antecede o Dia dos Povos Indígenas, celebrado em 19 de abril.
Porém, segundo dados obtidos pelo Poder360, o número de yanomamis mortos no primeiro ano do governo Lula foi de 363, representando um aumento de 5,8% em relação ao ano anterior, quando Jair Bolsonaro (PL) era presidente.
Guajajara também destacou que o governo destruiu os equipamentos dos garimpeiros e ofereceu ajuda aos indígenas afetados. Além disso, enfatizou a importância de proteger os povos originários, que contribuem para a preservação do meio ambiente e lutam contra as mudanças climáticas.
A luta contra o garimpo ilegal, a extração de madeira e outras atividades criminosas em territórios indígenas não é apenas uma batalha dos povos originários, mas sim de todos os brasileiros e brasileiras. Sem o cuidado com o meio ambiente, a crise climática só tende a piorar, causando desastres naturais em todo o país.
No entanto, de acordo com a Sesai, os dados de mortes de yanomamis em 2023 são preliminares e estão sendo investigados. A secretaria atribui o aumento das mortes ao abandono do governo anterior. A reserva yanomami possui cerca de 30 mil habitantes e tem sido alvo de invasões de garimpeiros e madeireiros ilegais, além de enfrentar problemas como desnutrição e doenças.
Lula assumiu a presidência em 2023 e prometeu tomar medidas para acabar com a violência contra os yanomamis, chegando a fazer uma visita à Terra Yanomami em janeiro do ano passado.