Em 18 de abril de 2024, o Conselho de Segurança da ONU votou pela entrada do Estado da Palestina na entidade. No entanto, devido ao veto dos Estados Unidos, que é um membro permanente do conselho, a adesão não foi concretizada.
A votação resultou em 12 votos favoráveis, 1 contrário e 2 abstenções. O Brasil, que reconhece a soberania do Estado da Palestina desde 2010, pediu para que os demais países cumprissem suas obrigações internacionais e orientou o voto favorável, apesar de não poder participar do pleito. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, reiterou o apoio inabalável à Palestina e incentivou os países que ainda não reconheceram o Estado a fazê-lo no futuro.
Desde 2011, quando o Estado da Palestina fez o pedido pela primeira vez, aguardava-se uma resposta da ONU. No ano seguinte, os palestinos obtiveram o status de observador, juntando-se à Santa Sé. Para que a adesão se concretizasse e o Estado obtivesse plenos direitos na entidade internacional, era necessário que a entrada fosse aprovada pelo Conselho de Segurança e, posteriormente, por 2/3 da Assembleia Geral da ONU.
O chanceler brasileiro também destacou a importância de garantir a base jurídica que dá às autoridades palestinas o direito à soberania sobre o território e proíbe sua anexação e ocupação por outros Estados. Segundo ele, a paz e a estabilidade no Oriente Médio só serão alcançadas quando as aspirações legítimas do povo palestino pela autodeterminação e soberania forem atendidas.
No entanto, ao contrário do posicionamento brasileiro, os Estados Unidos não acreditavam que uma resolução do Conselho de Segurança aprovando a entrada do Estado palestino na ONU ajudaria a concretizar a solução de 2 Estados. Para a embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, essa resolução não seria suficiente para alcançar esse objetivo.
Em 23 de setembro de 2011, o Estado da Palestina solicitou sua adesão à ONU, com o objetivo de encerrar as tensões constantes entre israelenses e palestinos e alcançar a solução de 2 Estados. No entanto, essa adesão nunca foi concretizada e, em 2012, os palestinos obtiveram apenas o status de observador.