Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mencionou em coletiva nesta quinta-feira (18/04/2024) em Washington D.C. (EUA) que durante a reunião do G20, debates sobre a reestruturação da dívida de países de baixa renda foram realizados. Em destaque, a renegociação de débitos de nações em situação de “default”.
Segundo Haddad, em entrevista ao lado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alguns países não conseguem arcar com os serviços da dívida. O ministro afirmou que o Brasil não enfrenta problemas em relação à dívida externa, mas destacou a situação dos países africanos que acumulam um débito de US$ 800 bilhões.
Haddad também ressaltou a importância de buscar novas fontes de financiamento e mencionou a pressão em bancos multilaterais. Ainda durante a coletiva, o ministro abordou a questão dos juros nos Estados Unidos e na Europa, afirmando que a taxa norte-americana se mantém entre 5,25% e 5,50% desde julho de 2023.
O mercado financeiro aguardava uma redução dos juros no país, porém a forte atividade econômica e o aumento da inflação em março influenciaram a manutenção da taxa. Haddad destacou que as declarações do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) não estão em consonância e ainda há expectativa de corte de juros no 1º semestre.
O ministro também abordou a possibilidade de corte de juros no Banco Central da Europa e mencionou a relutância da França em fazer um ajuste fiscal mais forte, enquanto a Alemanha tenta afrouxar, mas enfrenta dificuldades.