Perícia médica não consegue determinar hora da morte de idoso em banco do Rio
A perícia médica realizada no corpo de Paulo Roberto Braga, encontrado morto em um banco do Rio de Janeiro, não conseguiu determinar com precisão se ele morreu antes ou depois de entrar no local. Segundo laudo obtido pela TV Globo na quarta-feira (17 de abril de 2024), não há elementos suficientes para afirmar a hora exata da morte.
O documento do IML (Instituto Médico Legal) aponta que o idoso, de 68 anos, faleceu entre 11h30 e 14h30 da terça-feira (16 de abril). A perícia também revela que ele estava deitado no momento da morte, e não sentado como alegou a defesa de Érika de Souza Vieira Nunes, responsável por levá-lo ao banco. Isso é confirmado pelo alto nível de livor cadavérico encontrado na região da nuca.
O livor cadavérico é o acúmulo de sangue em certas partes do corpo após a parada cardíaca. Como o líquido estava concentrado na cabeça de Paulo, os médicos concluíram que ele morreu deitado. Caso estivesse sentado no momento da morte, o livor estaria concentrado em outras partes do corpo, como pernas e braços.
As informações apresentadas pela investigação vão de encontro à tese da defesa de Érika, que alegou que Paulo morreu na cadeira de rodas dentro do banco. Porém, imagens das câmeras de segurança mostram que ele foi carregado inconsciente às 13h do mesmo dia.
Causa da morte
O laudo também aponta que a morte foi causada por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca. A equipe médica aguarda resultados de exames toxicológicos para determinar se o idoso ingeriu alguma droga ou medicamento que possa ter contribuído para sua morte.
Entenda o caso
O caso foi registrado na terça-feira (16 de abril), e Érica de Souza Vieira Nunes foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. A defesa afirmou que o homem chegou vivo ao local.
Nas imagens do vídeo, Paulo aparece pálido e sem reação, sentado em uma cadeira de rodas, enquanto Érika insiste para que ele assine um empréstimo de R$ 17.000. Os funcionários do banco percebem que o idoso não reage e chamam o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Quando a equipe médica chega, constata que o corpo já apresentava sinais de morte há algumas horas. Diante disso, a Polícia Militar é acionada e Érika é levada para a delegacia de polícia de Bangu, onde o caso está sendo investigado.
O corpo do idoso será examinado no IML (Instituto Médico Legal) para determinar as circunstâncias da morte. Os agentes realizam diligências para esclarecer os fatos.
Assista ao vídeo (1min46s):
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