O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu uma reformulação na governança dos bancos multilaterais, para que países em desenvolvimento tenham maior representatividade. Durante uma reunião do G20, ele afirmou que propostas sobre o tema serão discutidas e votadas pelos ministros em outubro.
Haddad destacou que o grupo está avançando em discussões sobre aumento de capital e um mecanismo de revisão das necessidades de capital dessas instituições. Após análise de propostas, será apresentado um roteiro para tornar essas instituições melhores, maiores e mais eficazes.
O ministro ressaltou que o incentivo a compromissos ambiciosos para a reposição de capital e a expansão das janelas concessionais dos bancos multilaterais será um dos componentes centrais do roteiro. Além disso, estão sendo discutidos o aumento geral de capital e a possível criação de um mecanismo de revisão das necessidades de capital.
Para Haddad, é importante garantir que o apoio dos bancos multilaterais de desenvolvimento seja orientado pelas prioridades nacionais de desenvolvimento, proporcionando benefícios tangíveis aos países beneficiários. Isso envolve melhorar a capacidade dessas instituições de responder de forma eficaz e em escala aos desafios de desenvolvimento, focando em áreas onde elas podem agregar valor de forma sistêmica.
A presidência brasileira do G20 tem como prioridade a reforma da governança global. Através do trabalho das presidências anteriores, está sendo formulado um roteiro para promover bancos multilaterais de desenvolvimento melhores, maiores e mais eficazes de maneira inclusiva e colaborativa.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) planeja divulgar um comunicado com metas conjuntas dos bancos multilaterais de desenvolvimento que deverão envolver o compartilhamento de prioridades e a possibilidade de cofinanciamento de projetos.