Vendas de moradias usadas nos EUA têm queda em março e preços aumentam
Na última quinta-feira (18), a Associação Nacional de Corretores de Imóveis informou que as vendas de moradias usadas nos Estados Unidos apresentaram uma queda de 4,3% em março. Segundo economistas consultados pela Reuters, a expectativa era de uma taxa de 4,20 milhões de unidades vendidas.
A desaceleração pode ser atribuída às taxas de juros mais altas e ao aumento dos preços das casas, que afastaram os compradores do mercado. A queda nas vendas foi registrada principalmente no Sul, região densamente povoada, no Meio-Oeste, considerado a região mais acessível, e no Oeste. Já no Nordeste, as vendas aumentaram pela primeira vez desde novembro.
As vendas de moradias usadas representam uma grande parte do mercado imobiliário dos EUA e, em março, caíram 3,7% em relação ao ano anterior. De acordo com o economista-chefe da NAR, Lawrence Yun, apesar de estarem se recuperando das baixas cíclicas, as vendas estão estagnadas devido à falta de movimentação significativa nas taxas de juros.
A taxa média da popular hipoteca de 30 anos com taxa fixa subiu para 7%, de acordo com os dados da agência de financiamento hipotecário Freddie Mac. Isso se deve a relatórios sólidos sobre o mercado de trabalho e a inflação, que sugerem que o Federal Reserve pode adiar um corte de taxas previsto para este ano. Alguns economistas acreditam que o banco central dos EUA não reduzirá os custos dos empréstimos até 2024.
O chair do Fed, Jerome Powell, afirmou na última terça-feira (16) que o banco central dos EUA pode precisar manter as taxas mais altas por mais tempo do que o previsto, devido à inflação ainda em níveis elevados. O Fed tem mantido sua taxa básica de juros entre 5,25% e 5,50% desde julho e aumentou a taxa de juros overnight de referência em 525 pontos-base desde março de 2022.