Ministério da Saúde amplia faixa etária de vacina contra dengue para evitar perda de imunizantes
Com o objetivo de evitar a perda de imunizantes que vencem em 30 de abril, o Ministério da Saúde decidiu temporariamente ampliar a faixa etária do público-alvo da vacina contra a dengue. Antes destinada a pessoas de 10 a 14 anos, agora a vacina poderá ser aplicada em indivíduos de 6 a 16 anos. A medida foi anunciada pela ministra Nísia Trindade nesta quinta-feira (18) em sua conta no X (ex-Twitter).
Segundo nota técnica divulgada pela ministra, os estados têm a liberdade de ampliar ainda mais a faixa etária caso existam vacinas prestes a vencer mesmo após a medida anunciada. No entanto, a nota técnica não especifica quais regiões ainda possuem doses disponíveis.
A medida é temporária e não se aplica às demais vacinas contra a dengue distribuídas pelo ministério, que continuam focadas no público inicial de 10 a 14 anos – grupo que apresenta maior taxa de internação pela doença.
O lote com vencimento previsto para 30 de abril é composto por 668 mil doses doadas ao governo brasileiro devido ao curto prazo de validade. Diante da baixa adesão da população à campanha de vacinação contra a dengue, o Ministério da Saúde tem tomado medidas para evitar a perda das doses.
Recentemente, a ministra anunciou que as vacinas não utilizadas nos municípios selecionados inicialmente seriam redistribuídas para 154 cidades em 9 estados. O público-alvo, no entanto, permaneceu o mesmo – de 10 a 14 anos.
Há 4 dias, o Poder360 tenta obter do Ministério da Saúde o número de imunizantes com vencimento em 30 de abril que ainda não foram aplicados, sem sucesso. Em fevereiro, o governo federal recebeu um lote com 1,2 milhão de doses da vacina contra a dengue e realizou duas distribuições para 521 municípios selecionados de acordo com critérios técnicos. Ao todo, foram adquiridas 5,2 milhões de doses com prazo de validade para 2025.
No entanto, a quantidade é limitada devido à baixa capacidade de produção da fornecedora responsável pelos imunizantes, a farmacêutica japonesa Takeda Pharma. Com isso, o governo estabelece critérios de prioridade para a distribuição das doses no país. Saiba mais sobre o assunto aqui.