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“Confira as 5 notícias mais relevantes do mercado nesta quinta-feira!”

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Wall Street se prepara para resultados da Netflix e TSMC

A temporada de resultados em Wall Street ganha destaque nesta 5ª feira (18.abr) com a apresentação do relatório da Netflix, uma das principais ações de tecnologia que levaram o mercado a atingir novos recordes neste ano.

A plataforma de streaming registrou um aumento de assinantes no 2º semestre de 2023, após intensificar as restrições ao compartilhamento de senhas globalmente.

Contudo, sustentar esse ritmo será um desafio, segundo dados da LSEG, que projetam um acréscimo de 5 milhões de assinantes para o 1º trimestre encerrado em março – uma cifra significativamente superior aos 1,8 milhão do mesmo período do ano anterior, mas que indicaria uma desaceleração em comparação com os últimos 2 trimestres de 2023.

Ainda no noticiário corporativo, a fabricante de chips TSMC superou as expectativas do mercado com números fortes, enquanto, no mercado de commodities, o petróleo recuava, com uma possível ação dos EUA de reimpor sanções às exportações da Venezuela.

No Brasil, os investidores repercutem falas do presidente da autoridade monetária brasileira, depois do afrouxamento da meta fiscal e incertezas no cenário externo, indicando a possibilidade de cortes menores na taxa de juros.

Os índices futuros de Wall Street tentam se recuperar após recentes quedas, com destaque para o contrato Dow, o S&P 500 e o Nasdaq 100.

Os destaques econômicos do dia ficam por conta dos novos pedidos de auxílio-desemprego e das vendas de imóveis existentes de março.

A TSMC aproveita a onda da IA no primeiro trimestre

A Taiwan Semiconductor Manufacturing, líder mundial em fabricação de chips por contrato, divulgou nesta 5ª feira (18.abr) resultados acima das expectativas para o 1º trimestre, com um aumento de 9% no lucro líquido impulsionado pelo crescente interesse em IA (inteligência artificial).

Este avanço no setor de IA contribuiu para a TSMC superar a reduzida demanda por eletrônicos, que ainda ressoa desde a pandemia. A receita do 1º trimestre cresceu 16,5% em relação ao ano anterior, em parte devido a uma base comparativa mais baixa, já que 2023 foi marcado por uma fraca demanda por chips.

Os resultados da TSMC são considerados um indicador chave para a demanda global de semicondutores, refletindo a posição estratégica da empresa na cadeia de produção e a importância de seus clientes, incluindo gigantes como Nvidia e Apple.

A TSMC enfrentou desafios na 4ª feira (17.abr), depois que a ASML, principal fornecedora de equipamentos para fabricação de chips, relatou reservas abaixo do esperado para o 1º trimestre, apesar das vendas na China se manterem estáveis mesmo com as restrições impostas pelos EUA.

A Tesla pode se recuperar com mais força, segundo o Morgan Stanley

No início desta semana, a Tesla anunciou grandes cortes em sua força de trabalho, reduzindo mais de 10% de seu quadro global, que totalizava aproximadamente 140 mil empregados ao fim de 2023.

A medida ocorre depois de um trimestre desafiador para a fabricante de veículos elétricos, que reportou uma queda de 8,5% nas entregas do 1º trimestre em comparação com o ano anterior – a 1ª redução desde 2020, em meio a uma acirrada competição no estratégico mercado chinês.

Além disso, o CEO da companhia, Elon Musk, confirmou que a empresa enviou pacotes de indenização insatisfatórios para alguns dos trabalhadores demitidos, conforme um e-mail interno divulgado na 4ª feira (17.abr).

As ações da Tesla sofreram uma queda de mais de 10% na última semana, acumulando uma desvalorização de mais de 37% no ano.

Apesar disso, o Morgan Stanley mantém uma visão positiva, apostando na recuperação da Tesla depois do período de retração no setor de veículos elétricos.

O banco destaca a importância dos avanços da Tesla em inteligência artificial, mantendo uma recomendação de “overweight” para as ações da empresa.

Para obter reconhecimento como uma empresa de IA, a Tesla precisa estabilizar seu negócio principal e lidar com as avaliações negativas recentes, ressaltou a análise do Morgan Stanley.

O petróleo se estabilizou após a reimposição das sanções à Venezuela

Os preços do petróleo operavam em queda na 5ª feira (18.abr), intensificando a queda da sessão anterior, apesar da reimposição de sanções ao petróleo venezuelano pelo governo Biden. A decisão veio depois de o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, não cumprir as promessas de realizar eleições nacionais.

Os futuros do petróleo dos EUA registravam baixa de 1,27%, negociados a US$ 81,64 por barril, enquanto o Brent caía 1,31%, cotado a US$ 86,15 por barril.

A reimposição das sanções visa conter o fluxo de petróleo venezuelano, que viu um aumento de 12% em 2023, alcançando cerca de 700 mil barris por dia, depois de uma flexibilização das sanções pelo governo dos EUA. Apesar disso, as expectativas de um mercado mais apertado foram mitigadas por dados indicando uma produção recorde nos EUA e um aumento significativo nos estoques de petróleo.

A Administração de Informações sobre Energia dos EUA reportou na 4ª feira (17.abr) que os estoques de petróleo do país cresceram 2,7 milhões de barris na semana encerrada em 12 de abril, totalizando 460 milhões de barris, quase o dobro do previsto pelos analistas.

Campos Neto repercute afrouxamento da meta fiscal e turbulência externa

Os investidores repercutem nesta 5ª feira (18.abr) as falas de 4ª feira (17.abr) do presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, que disse que a manutenção do cenário de incerteza elevada pode levar a uma diminuição do ritmo de cortes na taxa de juros básica da economia brasileira pelo Copom (Comitê de Política Monetária). De acordo com Campos Neto, o BC precisa entender ainda como a recente mudança na meta fiscal do governo para 2025 deve afetar a função de reação.

Campos Neto afirmou que a perda da credibilidade em relação à âncora fiscal prejudica a âncora monetária, pois ambas devem caminhar juntas. Prêmios de risco mais elevados em um cenário pessimista tornam a condução da política monetária mais difícil, em seu entendimento.

O governo decidiu, nesta semana, afrouxar a meta de resultado primário para zero para 2025, contra previsão anterior de um superavit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto).

A deterioração do cenário internacional também pesa, diante de dados de inflação mais quentes do que o esperado

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