Os servidores da rede federal de ensino deram início a uma greve geral nesta segunda-feira (15). O movimento, organizado pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), envolve técnicos e professores de todas as instituições de ensino da União, como escolas, institutos federais e universidades.
Um dos principais motivos para a paralisação é a decisão do governo federal de não conceder reajustes salariais para a categoria em 2024. Além disso, o governo propôs um acordo que limita os reajustes nos próximos dois anos, o que foi considerado inaceitável pelo sindicato.
O governo ofereceu apenas um aumento de 51% no valor do auxílio alimentação, um reajuste de 9% na Saúde Suplementar e um aumento no valor da assistência pré-escolar. Porém, a categoria recusou a proposta.
Em nota, o Ministério da Educação afirmou que está buscando alternativas para valorizar os servidores da educação e que vem participando de mesas de negociação com as categorias.
A greve nacional se une à paralisação iniciada pelo Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) no dia 3 de agosto. A greve conta com a adesão de 360 unidades de ensino em 23 estados do país e engloba o quadro técnico-administrativo e os docentes da rede federal.
Os servidores reivindicam um reajuste salarial que varia de 22,71% a 34,32%, a reestruturação das carreiras, a revogação de normas que prejudicam a educação federal e a recomposição do orçamento e dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Na última sexta-feira (12), o Comando Nacional de Greve do SINASEFE solicitou ao Ministério da Educação a abertura de uma mesa de negociação para discutir as demandas da categoria.